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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Reencarnação ou Ressurreição?




Porque a Reencarnação passou a ser condenada pela Igreja Católica?

O Concílio de Constantinopla – 553 D.C

Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.

Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.

É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.

E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).

Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro " Alegorias ", segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: " Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente ".

E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando - "se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido". É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave.

Vivaldo J. de Araújo

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Palavras de "Deus"




Engraçado como as pessoas têm como verdade suprema tudo que está escrito na Bíblia, acho que é por medo de “pecar” questionando algumas de suas passagens, por mais absurdas que algumas pareçam, pois são as palavras de “Deus”.... só que não foram escritas por ele.

Por mais que tenha existido a “inspiração divina” a bíblia foi escrita pelo HOMEM, que é totalmente passivo de erros e influências do momento em que vive e das emoções geradas pela sua “”.

Não é porque está escrito lá que é uma verdade sem questionamento, a maior prova disso foi o “esquecimento” do antigo testamento após a adoção do novo testamento com a vinda de Jesus. Será que “Deus” estava “errado” em tudo que foi dito no antigo, e se “corrigiu” no novo? Pois no novo testamento muito se mudou em relação aos conceitos pregados no antigo; por exemplo, pelo antigo testamento as mulheres adúlteras eram apedrejadas, no novo testamente Jesus reprimiu essa prática (João - 8: 3-11). Então.... “Deus” estava errado no antigo e reviu seus conceitos? Tenha dó!

Em várias passagens bíblicas vemos um “Deus” tirano, com sentimentos mundanos de vingança e soberba. É claro que não se trata de Deus, e sim das emoções do escritor impressas como a “palavra de Deus".
Exemplo: "O que ferir um homem querendo matá-lo, seja punido de morte" (Êxodo 21,12). "O que ferir o seu Pai ou sua Mãe seja punido de morte" (Êxodo 21,15). "Aquele que tiver roubado um homem, e o tiver vendido, convencido do crime, morra de morte" (Êxodo 21,16).

O estranho é que antes de todos esses "códigos penais" Deus no seu 6º mandamento disse: “Não Matarás(Êxodo 20:1-1). Então temos uma controvérsia, não é?

A Bíblia deve ser lida com a “mente aberta”, deve ser um instrumento de estudo e reflexão, e não um livro em que se decora passagens, de onde você aceita a interpretação (de padres, pastores, missionários... etc) sem questionamento.

Busque coerência em tudo que você lê, e tenha discernimento para não aceitar qualquer coisa como verdade... só porque lhe disseram que é verdade.

Alexandre Tomaz.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Fim do mundo... de novo?








Já assisti vários documentários e já li muito sobre as mais variadas profecias e seus profetas, e a conclusão que chego é que cada um em seu devido tempo foi influenciado pelos acontecimentos da sua época ao escrever e descrever como aconteceria o “fim do mundo”.

Muito se falou ultimamente sobre os Maias e seu calendário, na verdade se tratava de uma civilização muito avançada para seu tempo, e realmente seu calendário era tão perfeito e preciso que poderia ser usado nos dias atuais. Só que era um calendário composto de “ciclos” de 52 anos, que eram renovados quando chegavam ao seu fim. Seu início teve a data de 11 de agosto de 3114 a.C. e o seu final em 21 de dezembro de 2012 d.C. com inúmeros ciclos ao longo desse período. E com certeza se a civilização Maia ainda existisse um novo ciclo seria iniciado em 22 de dezembro de 2012 d.C.

Os Maias não previram nem o fim trágico de sua civilização, que esgotou todos seus recursos naturais na construção de pirâmides e templos, quanto mais iriam prever o fim do mundo!!!

O apóstolo João quando escreveu o livro do “apocalipse” estava exilado na ilha penal de Patmos no mar Egeu, tinha quase 100 anos de idade e viveu toda perseguição Romana contra os cristãos, e foi isso que mais o influenciou nas suas escrituras, tanto que o “número da besta” descrito por ele como 666 nada mais é do que uma interpretação numérica aramaica da junção dos nomes “CESAR - NERO”. E um detalhe, NUNCA João escreveu a palavra “Anti-Cristo” em seu apocalipse!

O mais famoso “profeta” depois dos tempos bíblicos foi Michel de Nostradamus, que na idade média começou a escrever Horóscopos diários, que caíram no gosto popular; e para “fazer uma média” com os poderosos, Rei Henrique II, Rei Francisco II, Rei Carlos IX e a influente família dos Médicis, os incluiu em várias de suas “centúrias”, rendendo a ele “status” e “proteção”, sendo muitas de suas centúrias interpretadas como “certeiras” após vários acontecimentos ao longo da história.

A verdade é que a humanidade desde o início da civilização tende a acreditar no “fantástico” e no “divino” para encontrar respostas que não conseguiam encontrar, e o “fim do mundo” sempre foi uma “sombra” sobre os humanos que fazem do seu medo e da sua ignorância as maiores armas contra si mesmos.

Se você procurar em qualquer profecia algo referente ao “fim do mundo” você vai encontrar, pois como todas são escritas propositalmente em forma de “parábolas” deixam margem para qualquer interpretação, sendo assim o leitor irá “achar” o que está procurando.

O “mundo”, digo o planeta Terra, nunca chegará ao fim, o que vamos assistir são transformações climáticas como já aconteceram ao longo da história e transformações evolucionais como progresso e fim de muitas civilizações, como sempre aconteceu. E enquanto existir “ignorância” e “medo” no coração das pessoas, sempre existirá aqueles que irão tirar proveito disso de alguma forma, se aproveitando da fragilidade e inocência de muitos... como a maioria das religiões fazem à tempos!!

Estudem, questionem!!
Alexandre Tomaz